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Crianças no centro dos Conteúdos Online
Date
25-09-2017

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Todos temos memórias do nosso primeiro contacto com a Internet. As gerações mais antigas lembram-se da introdução do email no trabalho, enquanto que, para os jovens profissionais, os sons do modem de internet dial-up podem estar associados a memórias de dificuldades em aceder ao MSN Messenger, por exemplo. No entanto, os ambientes online atuais permitem que as crianças acedam à internet e aos conteúdos digitais, através de um clique (ou de um toque num ecrã tátil) e dada a idade jovem e sensível em que estas crianças acedem pela primeira vez à Internet, cada vez mais os conteúdos digitais podem ter um impacto determinante no seu desenvolvimento.

Na realidade, os conteúdos digitais podem contribuir para a aprendizagem e desenvolvimento de habilidades das crianças, ensinando-as a explorar a Internet e motivando para a sua participação como cidadãos ativos numa sociedade cada vez mais digital. Ao mesmo tempo é importante que estas crianças estejam protegidas de conteúdos potencialmente nocivos e sejam orientadas para conteúdos considerados apropriados, para a sua faixa etária.

João partilha “A minha irmã mais nova pertence à geração digital e, mais do que eu, foi atraída para a Internet numa idade precoce. É sempre um desafio oferecer liberdade e apoio necessários para que ela explore, a seu próprio risco, este mundo, mas consigo ver o quanto ela está a aprender com os chamados “Youtubers”. Estas celebridades online têm desempenhado um papel fundamental no desejo e vontade que a minha irmã tem pelo conhecimento”.

Se, por um lado, as crianças estão no coração desta campanha, por outro, também nos dirigimos às restantes partes interessadas. Os produtores e provedores de conteúdo têm o poder de moldar websites, aplicações, vídeos, jogos e outros tipos de conteúdos que serão pesquisados e encontrados por crianças, jovens e pais. Pais e educadores têm, neste aspeto, um papel fundamental a desempenhar, ao identificar e fornecer às crianças acesso a conteúdos digitais tanto em casa, como na sala de aula.

Desenvolver e identificar conteúdos adequados e divertidos pode ser um desafio, como demonstra a experiência de Ida: “Quando era jovem, tinha uma obsessão pelo website “Gosupermodel”. Acredito que era ao mesmo tempo um bom e mau exemplo de um conteúdo para crianças: Permitia-me comunicar com outras crianças da minha idade e expressar-me de forma criativa, mas os utilizadores eram encorajados a investir dinheiro nesta plataforma. Para mim, um conteúdo positivo permite que a criança se divirta e aprenda e seja acessível para todas as crianças. Se o objetivo principal do website se focar na obtenção de lucro, não considero que seja um bom conteúdo para crianças”.

Os pais pretendem um conteúdo atraente mas seguro para os seus filhos e os provedores tentam ir ao encontro desta promessa. No entanto, torna-se necessário que estes também olhem para a questão económica e ambicionem lucrar com os produtos desenvolvidos.

Hoje, é o dia que pretende colocar as crianças no centro da equação, dentro da semana de sensibilização da Campanha de Conteúdos Online Positivos! Relembramos e enfatizamos que as crianças devem estar no centro das considerações de pais, professores e indústria. O desenvolvimento de uma lista de verificação de critérios de conteúdo online positivos vai ao encontro dessas considerações.

Acompanhe @PanEUyouth e @CISPT para ter acesso a mais perspetivas jovens sobre conteúdo positivo dos nossos membros da juventude. Visite também o minisite do portal BIK sobre Conteúdo Online Positivo em www.betterinternetforkids.eu/positive-content e acompanhe as discussões e atividades ao longo desta semana usando a hashtag #positivecontent.